terça-feira, 7 de outubro de 2008

Leituras e Comentários para a Liturgia de Hoje

Oração: Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo, pela mensagem do Anjo, a encarnação do Cristo, vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição pela intercessão da Virgem Maria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Leitura: Atos dos Apóstolos (At 1, 12-14)Maria esteve sempre presente na vida de Jesus Cristo

Depois que Jesus subiu ao céu, 12os apóstolos voltaram para Jerusalém, vindo do monte das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, a mais ou menos um quilômetro. 13Entraram na cidade e subiram para a sala de cima, onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tia­go, filho de Alfeu, Simão o Zelota e Judas, filho de Tiago. 14Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus. Palavra do Senhor!


Comentário[1]
Origem e crescimento da Igreja em Jerusalém

Os nomes dos 11 apóstolos que restaram depois da traição de Judas estão em uma ordem diferente da encontrada em Lc 6, 14-16. A lista do Evangelho parece seguir a ordem da lista como Lucas a recebeu. Entretanto, os Atos arrumam a lista por ordem de importância. Citam Pedro em primeiro lugar, depois João (seu “par” em At 3-5), em seguida Tiago e, em quarto lugar, André. Lc 6, 14 trazia “Pedro, André, Tiago, João”.

Havia pelo menos três homens importantes chamados Tiago. O irmão de João, um dos Doze, estava com Jesus na transfiguração e na agonia no jardim e foi morto em At 12,2. É conhecido também como “Tiago, o Grande”. O filho de Alfeu também fazia parte dos Doze. A tradição o chama de “Tiago, o Menor”. E há o irmão ou parente de Jesus que se tornara líder da Igreja de Jerusalém (cf. At 12, 17; 15;21)

Pouco se conhece sobre a maioria dos Doze, além das listas com seus nomes. Muitos não aparecem fora como personalidades individuais do que como membro dos Doze. Jesus prometeu que as 12 tribos de Israel seriam restauradas e os Doze as julgariam no Reino de Deus (Lc 22, 29-30). Para haver 12 juízes, Judas teria de ser substituído. At 1, 15-26 mostra que todos os 12 estão no seu lugar em Pentecostes, quando o Espírito Santo lhes deu poder para ser os novos líderes do povo de Deus em nome de Jesus.


Cântico: Lc 1, 46-47.48-49.50-51.52-53.54-55 (R/.49)
Bendita sejais, ó virgem Maria; trouxestes
no ventre a palavra eterna!

A minha alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu salvador.

Pois, ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome!

Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o, respeitam. Demonstrou o poder de 'seu braço, dispersou os orgulhosos.

Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos.

Acolheu Israel, seu servidor, fiel a seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.


Evangelho: Lucas (Lc 1, 26-38)
Mesmo não compreendendo plenamente
Maria aceitou sua missão

Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: "Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!" 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: "Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim".

34Maria perguntou ao anjo: "Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?" 35O anjo respondeu: "O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que nascer de ti, será chamado santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível". 38Maria, então, disse.' "Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" E o anjo retirou-se. Palavra da Salvação!



Comentário o Evangelho[2]
Eis a serva do Senhor
Maria ocupou um lugar de destaque no advento da salvação, aceitando acolher a proposta de Deus de assumir a maternidade do Messias Jesus. A escolha de Maria não se explica, no plano humano. Era uma jovem, já prometida em casamento a um descendente da casa de Davi. Não pertencia a nenhuma família nobre e rica, e habitava numa cidade escondida e mal-afamada. Não passava por sua mente ligar-se, de algum modo, ao Messias. Humanamente falando, ela não possuía os requisitos necessários para ser mãe do Salvador.
O diálogo de Maria com o anjo revelou a imagem que ela fazia de si mesma, bem como o que Deus pensava a respeito dela. Da parte de Deus, era considerada repleta de graça, amada por ele, bendita entre todas as mulheres. Em outras palavras, possuidora dos requisitos necessários para ser colaboradora de seu plano de salvação. Este requeria alguém totalmente disponível para Deus, despojado de si mesmo e dos próprios interesses, e disposto a assumir uma missão superior a tudo que se possa imaginar. Maria, por sua vez, tinha consciência de suas limitações. Não podia imaginar que Deus a tivesse em tão alta conta. Não conseguia conciliar a concepção do Messias com o fato de não ter conhecido homem algum. Estava longe de compreender o que significa conceber por obra do Espírito Santo. Contudo, como se sabia serva, não receou aceitar cegamente o projeto de Deus.

Fonte: www.paginaoriente.com/titulos/nsros0710.htm

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